Quando Evitar a Cirurgia Plástica? Casos em que o Procedimento Não É Recomendado

Embora a cirurgia plástica possa trazer inúmeros benefícios estéticos e emocionais, há situações em que o procedimento não é indicado. Avaliar com responsabilidade o momento, as condições físicas e emocionais do paciente é essencial para garantir segurança e resultados positivos. Nem sempre o desejo por mudança deve se traduzir em uma intervenção cirúrgica imediata.

Segundo a cirurgiã plástica Janine Moreira Rodrigues, a primeira contraindicação ocorre quando o paciente apresenta expectativas irreais. “Quando a motivação vem de pressões externas, como redes sociais ou relacionamentos, ou quando se busca uma transformação que a cirurgia não pode oferecer, é fundamental repensar a decisão”, explica. A cirurgia deve ser uma escolha consciente, baseada no desejo pessoal e não em padrões impostos.

Condições de saúde também podem impedir a realização de procedimentos estéticos. Doenças crônicas descompensadas, histórico de trombose, infecções ativas e uso de certos medicamentos são fatores que podem aumentar os riscos. Janine Moreira Rodrigues reforça que uma avaliação clínica completa é indispensável. “Segurança sempre vem antes da estética”, alerta a especialista.

O estado emocional do paciente também merece atenção. Em casos de depressão, ansiedade severa ou transtorno dismórfico corporal, a cirurgia pode agravar quadros psicológicos ao invés de trazer bem-estar. Para Janine Moreira Rodrigues, o acompanhamento psicológico é uma medida de responsabilidade e cuidado. “É nosso dever orientar e, se necessário, adiar a cirurgia até que o paciente esteja emocionalmente preparado”, pontua.

Outro momento delicado é o pós-parto e o período de amamentação. Embora muitas mulheres busquem recuperar a autoestima após a maternidade, o corpo ainda está passando por mudanças hormonais e físicas intensas. Janine Moreira Rodrigues recomenda que se aguarde pelo menos seis meses após o fim da amamentação para considerar procedimentos estéticos, garantindo melhores resultados e menor risco de complicações.

Evitar a cirurgia plástica nos momentos inadequados é uma demonstração de ética, cuidado e compromisso com o bem-estar do paciente. Ao respeitar o tempo do corpo e da mente, é possível planejar intervenções seguras, com resultados mais duradouros e positivos. Afinal, a cirurgia plástica deve ser uma escolha saudável — nunca um impulso ou uma fuga de questões mais profundas.

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